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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Unidos da Tijuca comemora título com quadra lotada, samba e baião




Comunidade do Morro do Borel comemora ao som da bateria Pura Cadência.Para driblar o calor, a direção da escola liberou duas mil caixas de cerveja.

Henrique Porto, Tássia Thum, Janaina Carvalho e Tainá Bilate.


Do G1 RJ



A comemoração do título da Unidos da Tijucaacontece na quadra da escola, localizada na Leopoldina, Zona Portuária do Rio, em ritmo de samba e baião na noite desta quarta-feira (22). A quadra da escola, que apresentou na Marquês de Sapucaí um enredo sobre o cantor e compositor Luiz Gonzaga, ficou lotada.

A comunidade do Morro do Borel, onde nasceu a agremiação, soltou o grito de “É campeã!” ao som da bateria Pura Cadência, comandada pelo Mestre Casagrande. Para driblar o calor, a direção da escola liberou duas mil caixas de cerveja, além de muita água e refrigerante.

A Rainha de Bateria, Gracyanne Barbosa, chegou à quadra acompanhada do marido, o cantor Belo. “As escolas estão cada vez mais próximas, todas são lindas. A decisão é sempre por décimos. Mas a Tijuca surpreendeu mais uma vez. As pessoas não acreditavam que o enredo criado por Paulo Barros fosse surpreender de novo. O título foi merecido.”

Rainha Gracyanne Barbosa comemora o título na quadra da Unidos da Tijuca e posa para foto ao lado da porta-bandeira. (Foto: Rodrigo Gorosito/ G1)Rainha Gracyanne Barbosa comemora o título na
quadra da Unidos da Tijuca e posa para foto com
a porta-bandeira (Foto: Rodrigo Gorosito/ G1)

O carnavalesco, um dos mais assediados na quadra da escola, destacou o trabalho em grupo e a união dos integrantes, o que possibilitou mais uma vitória.

"Estou superfeliz, o trabalho foi muito bem executado. A nossa escola cumpriu com o dever dela. Carnaval não se faz com uma pessoa só”, disse Barros, que confirmou sua permanência na agremiação para o Carnaval 2013.

Ele também explicou a abordagem utilizada para retratar o Rei do Baião na Sapucaí. “Tive que me basear numa diferenciação. Por isso fui buscar uma maneira de falar sobre Luiz Gonzaga que não fosse biográfica. Então a gente inventou esta história de trazer toda essa realeza para comemorar a coroação dele.”

Foi o aderecista da Unidos da Tijuca, Lino Vitorino, que representou o sanfonista durante o desfile. O convite surgiu a partir do próprio Paulo Barros, que notou semelhança entre Vitorino e o homenageado da escola quase que por acaso.

Membros da Unidos da Tijuca comemoram a vitória da escola no carnaval do Rio de Janeiro. (Foto: Rodrigo Gorosito/G1)Membros da Unidos da Tijuca comemoram
a vitória da escola. (Foto: Rodrigo Gorosito/G1)

"Paulo me encontrou almoçando no barracão e disse que me achava muito parecido com
Gonzagão”, contou Lino, que teve que superar o medo de altura para poder desfilar. "Fiz um teste e consegui suportar. Foi muito emocionante."

A comissão de frente, composta por 15 integrantes e tradicionalmente uma das alas mais surpreendentes da escola, fez sucesso uma vez mais graças a uma espécie de “homem-mola”, a alma da sanfona, que ganhou vida na performance de um artista romeno. Trabalho e esforço mais uma vez reconhecido, como explica a coreógrafa Priscila Motta.

“Vou pensar em alguma surpresa para sábado (no desfile das campeãs), porque o público escolheu a gente de novo. E a repercussão foi incrível. Nota máxima mais uma vez. Eu realmente estou em êxtase", comemorou Priscila, que, despois do dever cumprido, pretende relaxar. “Este campeonato foi muito disputado. Agora que acabou, vou descansar e dormir um pouco, pois estou virada uma semana.”

O presidente, Fernando Horta, foi ainda mais enfático. "Pelo desfile que a escola fez, tive plena consciência de que traríamos mais este título. Quem não deu 10, não viu bem.”

Emocionado, Marquinhos, primeiro mestre-sala da Unidos da Tijuca com a porta-bandeira Giovana, resumiu o ano de trabalho e a consagração na avenida em meio à festa na quadra. “É o carnaval da superação. É a vitória do samba.”


Assim que foi anunciado o resultado, abraçou o intérprete da escola, Bruno Ribas, e comemorou o resultado com entusiasmo. “A Tijuca conseguiu superar todas as escolas graças a um trabalho árduo e longo ao longo desse ano para fazer um grande espetáculo. (...) O público reconheceu o trabalho, e os jurados também.
O campeonato foi merecido”, disse Horta.Momentos antes de ser confirmada a vitória da Unidos da Tijuca no Grupo Especial do Rio, o presidente da escola, Fernando Horta, afirmava que não estava nervoso. “Não, nem um pouco. Fizemos um bom trabalho”, dizia.

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