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domingo, 19 de fevereiro de 2017

Opinião: Bandas de forró, podem tocar no Carnaval?


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Cavaleiros do Forró fez show em 2015 onde público lotou a Dom José Lopes
Depois de anunciada a vinda da banda Fulô de Mandacaru para tocar no Carnaval de Pesqueira, veio a seguinte indagação: Bandas de forró tocando no Carnaval, pode? Na realidade os protestos são em torno dessas bandas serem mais para as festas juninas do que para as de Momo, dizem que estão acabando com a tradição da festa, entre outros questionamentos.
O Blog do Jânio Araújo entra nesta polêmica dando também o seu ponto de vista, claro, respeitando quem pense o contrário.
Em primeiro lugar, vamos contar sobre a origem do Carnaval, que por sinal é incerta, mas sabe-se que não é brasileira, nem tão pouco pernambucana. Não vou entrar no mérito da origem, vamos ficar somente aqui mesmo em Pernambuco. A nossa maior cultura é o frevo, mas não se tem registro que sempre foi o frevo que animou o nosso Carnaval, pois imagina como seria o Carnaval em nossa cidade no início do século XX.
Esta polêmica não é nova, olha que estamos falando de um ritmo que tem origem ainda incerta, mas que tudo indica ser pernambucano, ou na pior das hipóteses nordestino. Lembro que os anos 60, além do frevo, tínhamos as marchinhas cariocas, animando o nosso Carnaval, imagina se esta tradição ainda estivesse nos dias de hoje, uma festa “elitizada”, onde parte da população ia curtir a festa no clube, hoje ainda existem os bailes municipais, que lembra muito isso.
Nos anos 80 e 90, tivemos a introdução do axé baiano, que fez muito sucesso em nossa folia, mesmo assim o frevo permaneceu vivo, também tivemos uma época, onde o funk carioca foi febre.
Na primeira década do século XXI foi a vez de outro ritmo baiano chegar, foi a vez da swingueira, que fez Marreta é Massa virá figura carimbada na festa de Pesqueira.
Agora chegou a vez de outros ritmos, não se trata somente das bandas de forró (que cá entre nós, não lembra em nada o nosso bom forró tradicional, de Luiz Gonzaga, Flávio José, Petrúcio Amorim, etc.), tem também ritmos como o calypso, arrocha, brega, sertanejo, etc. Como o Carnaval é uma festa de alegria e música, não vejo mal nenhum, estas bandas virem aqui, até porque os shows destes estão diferenciados, não é o forró tradicional de São João, outro fator importante, é que como a festa depende muito de público, faturamento e divulgação,  estes artistas arrastam multidões a praça Dom José Lopes.
O grande problema do frevo, que ainda continua vivo e importante na nossa tradição, por exemplo, no Lira da Tarde e outros blocos, é que dificilmente aparece novos artistas, ou até mesmo novas músicas, é um ritmo que apesar de sua cultura rica, parece que parou no tempo. Mesmo assim o frevo resistiu a toda esta mudança cultural, nesta pequena retrospectiva, foi o único ritmo que ainda ficou “vivo no Carnaval de Pesqueira” neste período.
Vejo em outras cidades, por exemplo, estive olhando a agenda de Wesley Safadão e vi que ele estará em três dias em Salvador (agenda abaixo), um em Olinda e um no Recife, a própria Fulô de Mandacaru (que vem com uma balada diferenciada para o festejo), vai tocar no Galo da Madrugada, nestes locais não teve polêmica como aqui.
Agenda Wesley (site oficial)

Algumas destas pessoas que criticam hoje, quando chega no São João, fala que estas bandas de forró estão mais para Carnaval (nisto até concordo, por gostar do forró tradicional). Hoje em dia estas bandas são as maiores atrações que temos até mesmo falando nacionalmente, então por que não trazer?


Vou deixar uma enquete para que vocês comentem: O que você prefere no Carnaval dos Caiporas, vou fechar esta enquete no sábado de Zé Pereira. 

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