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A história do maior bloco pré-carnavalesco do Brasil, o Muriçocas do Miramar, passa essencialmente pelos adereços com um acervo de 25 estandartes lançados em anos anteriores. Todos eles saem juntos na ala de comissão de frente abrindo o desfile.
Segundo o presidente do 'Muriçocas do Miramar', Antônio Gualberto, a ideia da agremiação é a cada ano mostrar um novo estandarte feito por um “novo artista” e desta forma já temos uma verdadeira galeria de obras de arte.
“A escolha do desenho fica por conta do artista, que nos mostra um esboço do trabalho para opinarmos. Mas há um detalhe: quando é uma mulher que pinta, a muriçoca tem que ser fêmea, e quando é um artista homem a muriçoca é masculina”, disse Gualberto.
Tendo o teatro como tema o criador do estandarte, o artista plástico Yon Pontes traduz o novo símbolo 2012 inspirado em uma das mais famosas frases da literatura mundial "Ser ou não ser, eis a questão" da peça 'A tragédia de Hamlet', príncipe da Dinamarca, de William Shakespeare.
"O theatro é seu tema
E dramatizar a alegria é nosso lema
Casar Shakespeare foi meu desafio,
mas a arte vence transporta.
Pela imagem surrealista
Materializo na avenida
O que não poderia ser real.
As muriçocas com Shakespeare
No grande anfiteatro pessoense
Apresenta no 1º ato:
SER ZUM ZUM ZUM
OU SER ZUM ZUM ZUM
Esta alegria é nossa questão...", declamou Yon.
PRIMEIRO ESTANDARTE: O artesão e artista plástico José altino relembra que uma das histórias mais interessantes foi a confecção do primeiro estandarte do bloco, em 1987 feita por ele. “Eu pintei o desenho no tecido poucas horas antes da saída do bloco. Eu já tinha feito o desenho no papel, mas só passei para o tecido no dia da folia”, contou Aquino, ao lembrar que o bloco saiu primeiro “e eu fui correndo atrás com o estandarte na mão”.
O modelo, bem simples e pintado em tecido vermelho, tinha apenas uma muriçoca 'danada' com um copo na mão e um lança-perfume na outra. A costura também foi feita a mão momentos antes do bloco sair, com a ajuda de uma amiga chamada 'Mocinha'.
“Foi uma luta até para encontrar o pau que sustenta o estandarte. A gente sem experiência nem tinha pensando nisso, até que na hora de sair alguém arrumou uma vara de pesca”, recordou o artista, ao revelar que anos depois o estandarte foi ganhando novos enfeites: brilhos, franjinha, fitas e bolas.
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