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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Crônica: VELHOS CARNAVAIS… – Por Walter Jorge de Freitas (*)


PESQUEIRA E OS VELHOS CARNAVAIS

BLOCO JOFREITAS EM FOLIA no carnaval de 1960...
BLOCO JOFREITAS EM FOLIA no carnaval de 1960…



Carnaval de 1980 no Clube dos 50. (Em destaque Nilton e Lêda Rosa...
Carnaval de 1980 no Clube dos 50. (Em destaque Nilton e Lêda Rosa, o autor Walter e outros amigos…
Podem me chamar de saudosista que eu não me zango. Se quiserem, digam que estou ultrapassado, sou do tempo do ronca que não estou nem aí.
Agora, quem desejar me deixar de cara fechada é só me oferecer um CD pirata ou me convidar para um lugar onde só se ouve música eletrônica ou aquelas coisas que os baianos, por não acharem mais graça, estão mandando para os alienados curtirem.
Para justificar o meu gosto musical, faço questão de revelar que já participei de mais de cinquenta carnavais. Que as primeiras músicas carnavalescas que escutei, ou pelo menos, são as que ficaram registradas na minha memória chamam-se O Teu Lencinho e Quem Sabe, Sabe, grandes sucessos dos anos 50.
Bloco Amantas da Lua em 1980.
A trilha musical que mantenho arquivada na velha cuca pode não ser a melhor, mas garanto que não faz vergonha a ninguém. Saibam que dancei, fiz o passo e namorei ao som de marchas, marchinhas e frevos cantados e orquestrados que marcaram época nos tempos em que os cantores e orquestras além de ótimos, eram mais caprichosos na escolha de seus repertórios.
Para não ser cansativo, citarei apenas algumas de cada gênero.
FREVOS DE RUA: Vassourinhas, Mordido, Lágrimas de Folião, Zé Carioca no Frevo, Corisco, Fogão e Relembrando o Norte;
FREVOS-CANÇÃO: Casinha Pequenina, Você Está Sozinha, O Tocador de Trombone, É de Fazer Chorar, Boneca, Cabelos Brancos, Sonhei Que Estava em Pernambuco, Ingratidão, É de Amargar, Mandarim, Pierrot, e outros.
Acompanhando o já famoso Lira da Tarde em 1990. (Walter é um dos homenageados de 2013)
Acompanhando o já famoso Lira da Tarde em 1990. (Walter é um dos homenageados de 2013)
MARCHAS: Saca-Rolha, Jardineira, As Pastorinhas, Se a Canoa Não Virar, A Cabeleira do Zezé, Noite dos Mascarados e Máscara Negra.
FREVOS DE BLOCO: Evocação, Valores do Passado, Você Gostou de Mim, Madeira Que Cupim Não Roi, Último Regresso, Recordar é Viver.
E os cantores? Aí é covardia. Não dá para esquecer as marchas e frevos interpretados por Carlos Galhardo, Nelson Gonçalves, Expedito Baracho, Emilinha Borba, Coral do Bloco da Saudade, Zé e Zilda, Jackson do Pandeiro, Jorge Goulart, Ângela Maria, Blecaute, Coral Edgard Moraes, Claudionor Germano, sem falar nas orquestras Tabajara, RCA, de Nelson Ferreira, Duda e Zé Meneses.
Walter: o passista no carnaval de 1993 no anexo do Hotel Independente.
Walter: o passista no carnaval de 1993 no anexo do Hotel Independente.
Os mais jovens não sabem o que perderam por não terem desfrutado do privilégio de brincar um Carnaval ao som de músicas excelentes que ficaram conhecidas por terem sido tocadas nos serviços de alto-falantes e nas emissoras de rádio, principais meios de divulgação existentes na época.
Aí está uma das raras vantagens de ser coroa, podem acreditar…
Walter Jorge Freitas

Pesqueira, 05 de fevereiro de 2013.
 - Autor: Walter Jorge de Freitas – Carnavalesco, Comerciante, professor, escritor, cronista e compositor.

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