Desfile do bloco formado por policiais e bombeiros que trabalharam durante a festa de Momo arrastou, ontem, cerca de 300 mil pessoas em Boa Viagem.
Na manhã de ontem, o Carnaval parecia ainda não ter acabado para as cerca de 300 mil pessoas que acompanharam o 18º desfile do Camburão da Alegria. O bloco, que tem como objetivo levar para a farra os policiais civis e militares e bombeiros que trabalharam durante os quatro dias de folia, tomou conta da orla de Boa Viagem. Doze trios, além de passistas e bonecos gigantes, animaram os foliões durante os três quilômetros de percurso.
Durante a concentração, às 10h, a movimentação já era intensa. O governador Eduardo Campos, um dos 20 homenageados do bloco, era esperado para a festa, mas não compareceu. A ausência, entretanto, não tirou a animação do desfile.
Sob o forte sol do meio dia, o Camburão da Alegria arrastou uma multidão. No meio dela, o aposentado Edvaldo Ramos, 67 anos, chamava a atenção de quem passava. Repórter da TV Imaginária há 26 anos, ele brincava de entrevistar os foliões, que, desatentos, até acreditavam que estavam sendo filmados de verdade. “O povo quando vê a câmera parte pra cima”, divertia-se.
Quem levou um bolo do governador, ao menos não saiu da festa frustrado. O presidente estava lá. “Saio fantasiado de Lula há 7 anos. Depois do Galo da Madrugada e do Baile Municipal, o Camburão é o melhor. Tenho três filhos que não brincam Carnaval, mas eu brinco por todos eles” dizia, entre um flash e outro, o autônomo José Bezerra da Silva, 51.
Uma das mais animadas foliãs do bloco era a aposentada Tereza Cristina Nunes, 66. Separada há 20 anos de um tenente do Exército, ela não parava de frevar. “Fui Amélia durante 25 anos, agora sim estou numa boa.” Comunicativa, fazia questão de dizer que era a rainha do Carnaval deste ano do Sesc Piedade.
O cabo Murilo Vieira, 37, assim como os demais, decidiu sair da rotina estressante e cair na folia em seu dia de folga. “Trabalhei durante três dias no Carnaval e agora é a hora de extravasar. A gente merece.”
Quem também resolveu comparecer à festa foi o agente da Polícia Militar José Genivaldo da Silva, 43. “Trabalhei durante o Galo. Problemas sempre tem, mas foi bom.”
Mesmo sendo uma festa destinada aos policiais, 560 PMs do 19º Batalhão do tiveram de trabalhar no desfile do Camburão. Além deles, militares do Corpo de Bombeiros, BPTran, CIPMotos, Batalhão de Choque e Radiopatrulha fizeram a segurança do evento.
DO JORNALDOCOMMERCIO/JC ONLINE.
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