PARCEIROS NOSSOS

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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

o homenageado do carnaval do recife

O pernambucano de Camutanga, nascido em 1942, começa a compor aos 14 anos e já adolescente participa de serenatas e serestas demarcando seu percurso e sua obra poético-musical. Em 1957 muda-se para o Recife, mas só desponta em 1962, cantando na Rádio Clube de Pernambuco. Nesse mesmo ano nasce o frevo canção Você Gostou de Mim, gravado pela Fábrica de Discos Rozemblit.

A partir de 1962, Getúlio Cavalcanti grava músicas diversas que se tornam sucesso e são cantadas até hoje dentro e fora do universo carnavalesco. Belas canções de Getúlio passam a compor os repertórios de vários blocos. O Bom Sebastião (1976); Último Regresso; Cantigas de Roda; Chora Batutas; Relembrando Moysés; Os Blocos estão Voltando; Tributo a Bajado: Adeus Saudade e Salve, salve Emiliano integram o repertório do Bloco da Saudade.

Em 1982, no Festival Frevança, Getúlio Cavalcanti defende um dos seus maiores sucessos, O Último Regresso, composto para o bloco Banhistas do Pina. Em 1986 lança seu primeiro álbum Os frevos de bloco de Getúlio Cavalcanti, sob o patrocínio da Fundação de Cultura Cidade do Recife, onde foram registradas 12 músicas interpretadas pelo coral do Banhistas do Pina, do qual era o compositor oficial. Em 1988, mais uma vez no Frevança, o compositor é responsável pela terceira participação do Bloco da Saudade neste festival, concorrendo com a canção Um amor a mais, homenageando quatro blocos tradicionais: Banhistas do Pina, Madeira do Rosarinho, Batutas de São José e Inocentes do Rosarinho. Em 1987 Getúlio Cavalcanti é convidado pela Fundação Joaquim Nabuco para participar do terceiro volume da série Compositores Pernambucanos.

Vencedor de vários concursos de músicas carnavalescas, o nosso Getúlio tem suas composições gravadas por vários cantores e conjuntos musicais de renome como: Antônio Nóbrega, Teça Calazans, Nando Cordel, Leonardo, Altemar Dutra, Coral do Banhistas do Pina, Coral Mocambo, Banda Capibaribe, Conjunto Romançal, Banda de Pau e Corda entre outros. As composições de Getúlio Cavalcanti extrapolam o gênero frevo de bloco nos presenteando com baiões, baladas, marchas-rancho, sambas, maracatus, sambas-canção, toadas, boleros e rocks.

VICENTE DO REGO MONTEIRO

VICENTE DO REGO MONTEIRO

Nascido no Recife em 1899, final do século dezenove, na década de 1920 já se tornara expoente, sendo considerado um dos pintores estrangeiros mais conceituados no exterior. Em 1957, fixou-se definitivamente no Brasil, onde lecionou na Escola de Belas Artes do Recife (Universidade Federal de Pernambuco), falecendo em 1970 na sua cidade natal.

Artista vivido na mítica Escola de Paris, na vanguarda cubista, assimila universos distintos e ao mesmo tempo mantêm sua brasilidade, figurando na Semana de Arte Moderna de 1922, em São Paulo, ao lado Anita Malfatti, Goeldi e Di Cavalcanti entre outros. Capaz de interpretar os múltiplos saberes e fazeres que compõem a nossa diversidade cultural, Vicente do rego Monteiro transpõe as barreiras culturais reafirmando a universalidade da arte como maior expressão humana.

Alem de artista plástico renomado, nosso homenageado foi editor, automobilista, dançarino, poeta e ainda encontrou tempo para fabricar aguardente em Pernambuco, citada na obra Morte e Vida Severina de João Cabral de Melo Neto.

Identificado com o Carnaval do Recife, não por representar em seus quadros o cenário da folia, mas por atingir uma quase completude de referências desse universo, simultaneamente exemplar e transgressor. A alegria de viver constitui um dos seus talentos, reconhecido pela Prefeitura do Recife como emblemático, representando magistralmente as cores, os sons, sabores... a vida pulsante do Recife multicultural.

Vivendo entre a Europa e o Brasil, o nosso artista sofisticado e racional não abandona, pelo contrário, prestigia entusiasticamente os motivos populares traduzindo em sua obra o vigor da concepção e a beleza da forma.

*Fontes de Consulta: Evoluções! Histórias de Bloco e de Saudades – Amílcar Bezerra e Lucas Victor; Semira Adler Vainsencher (Site Fundação Joaquim Nabuco); Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira; Fundação Joaquim Nabuco
GETÚLIO CAVALCANTI

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