PARCEIROS NOSSOS

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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

É TCHAN ESTA DE VPLTA NESTE CARNAVAL COM COMPADRE WASHINGTON

De volta aos palcos, Cumpadre Washington garante que ainda segura o tchan

Publicado em 17.02.2011, às 19h15

Paula SchverDo JC OnlineCumpadre Washington (esquerda) e Beto Jamaica: os pioneiros e as cinco novas dançarinas são atração do Baile dos Artistas

As vésperas de completar 50 anos, Cumpadre Washingnton é o pai do grupo que causou rebuliço no cenário musical da metade dos anos 90. Nada que Gretchen, na década de 80, ou as mulheres-frutas do século 21 não façam. Mas quando estourou as caixas de som com o axé rebolativo ensinado quase que didaticamente por uma loira e uma morena em cima do palco, a festa dos shorts colados estava armada. De banda mais copiada, adorada e lucrativa, o É o Tchan viu a época do ostracismo chegar com força nos anos 2000, após a saída dos vocalistas e dançarinas da primeira (e segunda) formação.

Certos de que o sucesso retumbante nunca mais existirá, mas dispostos a comprar a briga por mais do que cinco míseros minutos de fama, o É o Tchan mexe pela enésima vez no seu tabuleiro e resgata parte da trupe de estreia. Vão-se as Sheilas e Carla, chegam cinco novas dançarinas e voltam os vocalistas Cumpadre Washington e Beto Jamaica, além do dançarino Jacaré. Em cartaz pelos palcos desde agosto do ano passado, são a atração principal, nesta sexta-feira, do Baile dos Artistas. O repertório, claro, traz os homéricos sucessos que faziam da criança à vovó botar a mão no joelho; e cinco inéditas. "Nossas canções são eternas", garante Washington, em entrevista ao JC Online.


Por onde andou o Tchan desde a saída das Sheilas (Melo e Carvalho)?
Quando elas saíram, o grupo continuou. Fizemos um novo concurso no Gugu para escolher novas dançarinas e mesmo depois que eu e Beto (Jamaica) saímos, entrou Renatinho, Johny e Jack... outros vocalistas. Não continuou com a mesma expressão de antes, mas sempre permaneceu na ativa.

Mas o grupo acabou por um tempo?
Nunca acabou. Ele não estava mais com a mesma exposição na mídia, não fazia muitos shows e estava sem o gás de antes. Mas continuava respirando. O Tchan não tinha mais gravadora, então sumiu da midia. Uma banda só faz sucesso quando está na mídia. Quem não é visto não é lembrado.

Por que você e o Beto Jamaica deixaram o grupo?
Eu deveria ter saído antes do Beto [Cumpadre saiu em 2002, Beto em 2001]. Antes do sucesso do grupo em todo o País, o Gera Samba (como se chamava) já era estourado em Salvador. Eu tinha 18 anos quando o criei [hoje está com 49]. Aí tem uma hora que você fica cansado. Eu sendo dono da banda, da empresa [a produtora Bicho da Cara Preta], estava querendo cuidar dos meus filhos, viver meu lado pai.

E o que motivou o retorno dez anos depois?
Eu tinha parado. Estava desde 2002 nos bastidores, administrando a produtora, cuidando do É o Tchan e de outras bandas. Então teve um show do Tchan no Paraguai, no começo de 2010, e o contratante queria que eu ou Beto participássemos do evento. Mas Beto estava com um projeto com Reinaldo, ex-Terra Samba, e não pôde ir, aí fui eu. No Paraguai, o Tchan ainda é número 1. Os brasileiros que moram lá lotaram o estádio. A aceitação do público, todo mundo perguntando se a gente não voltava... foi quando nosso produtor falou com Beto e, dois meses depois, ele aceitou.

Então as desavenças com Beto Jamaica foram superadas?
Se eu sou conhecido no mundo inteiro como cumpadre, sou cumpadre dele também. O que aconteceu foi besteira, confusão de homem pra homem, que se resolve. Não é feito mulher, que vive de fofoca.

Vocês pensaram em convidar as Sheilas e Carla (Perez) também para esse retorno?
Chamamos sim, mas elas não se interessaram. Elas casaram, têm outros projetos. E outra coisa: a voz permanece a mesma, mas o corpo não é a mesma coisa.

É o Tchan volta com a mesma proposta?
Com a mesma proposta! Nossa pegada é aquela do começo, do antigo Gera Samba, a batida do samba do Recôncavo.

Para esse momento, cinco dançarinas foram escolhidas. Qual é peso que elas têm para o grupo?
A maior parte de nossas músicas tem coreografia. Eu e Beto somos cantores. Nós cantamos, elas dançam. Jacaré (dançarino remanescente da primeira formação) voltou agora e está como coreógrafo. Depois do Carnaval, ele entra como dançarino.

Vocês imaginam hoje voltar a fazer aquele sucesso e ter o mesmo espaço na mídia?
Não. Hoje é totalmente diferente. No começo vendemos mais de 13 milhões de CDs. Hoje, para vender cem mil é uma festa. E também a mídia não é mais como antigamente. Antes tinham mais programas de auditório. Hoje só tem Faustão ou Gugu. A gente sabe que é um recomeço, e todo recomeço é difícil. A primeira batalha começamos a vencer. Mas É o Tchan ainda dá ibope, dá bilheteria. Nossas canções são eternas. Quem não lembra de "Segura o tchan, amarra o tchan..." [e canta algumas músicas do grupo].

Carla Perez e as Sheilas marcaram uma época. Foram capas de revistas, consideradas as mulheres mais sexies do País... Elas fizeram sucesso por causa do grupo ou o Tchan estourou por causa delas?
Elas fizeram sucesso por causa do Tchan. Vendemos 13 milhões de CDs. As pessoas compraram pra poder ouvir, não ver. Elas começaram a aparecer por causa do sucesso da música.

Vocês ainda têm contato com elas?
A gente fala quando se encontra, mas não do dia a dia.

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SERVIÇO

Baile dos Artistas - com É o Tchan, Almir Rouche, Vai D3 e Patusco.
Clube Português: Av. Rosa e Silva, Aflitos.
Ingressos: R$ 50 e R$ 25 (meia), R$ 70 (camarote), R$ 150 (mesa para quatro pessoas), à venda no local e nas lojas Esposende.
Informações: 3231.5400

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